EFC Arquitetura
Espaço (des)continuo
Ao aproximar-se do bloco retangular sem paredes que remete a uma sala de estar, o visitante percebe que a luz de suas hastes oscila. Em seguida, descobre que essa mudança ocorre em função de sua própria respiração, e que ela também altera o som e a projeção do painel. “A ideia é chamar a atenção para essa função elementar, ameaçada por circunstâncias decorrentes da ação humana”. Tudo leva a uma reflexão a respeito das restrições impostas ao dia a dia pela pandemia. Nessa ressignificação do espaço, a provocação vem também dos móveis que representam funções mínimas, como estar, comer, trabalhar. Dentro desse essencial, no entanto, Eduardo Franco Correia faz questão de incluir a arte, reproduzida no quadro de Veridiana Leite. O piso coberto por folhas secas invade a área externa do bloco para estabelecer de modo literal a continuidade entre o privado e o meio ambiente, o coletivo.